O diretor de comunicação do Sporting denunciou, através da rede social Facebook, comportamento incorreto por parte de adeptos do Benfica, considerando que deveriam envergonhar o clube encarnado.
Os incidentes remontam ao derby de futsal, realizado este sábado no pavilhão da Luz. «A dada altura, decidiram imitar, bem afinados o que prova premeditação, o som de um very light, repetindo aquilo que fazem desde 1996 com total impunidade, desrespeitando a memória do Rui Mendes, o adepto do Sporting Clube de Portugal assassinado na final da Taça de Portugal, no Jamor», denuncia Nuno Saraiva.
«Onde estão agora as virgens ofendidas que rasgaram as vestes com o mau gosto dos Super Dragões? Onde está a comunicação social que se apressou a fazer alarido quando o visado era o Benfica? Onde está a Direção do clube perante tamanha indignidade e falta de decência? Onde está a justiça desportiva e o Ministério Público? E depois ofendem-se quando se denuncia a subserviência», aponta o diretor de comunicação dos leões.
Eis a publicação:
«Hoje, no pavilhão da Luz durante o dérbi de futsal, a tal claque que não existe mas que beneficia de apoio total por parte da direção do clube a que pertence, brindou-nos com mais uma exibição de desumanidade canalha e de falta de respeito pelo ser humano.
A dada altura, decidiram imitar, bem afinados o que prova premeditação, o som de um very light, repetindo aquilo que fazem desde 1996 com total impunidade, desrespeitando a memória do Rui Mendes, o adepto do Sporting Clube de Portugal assassinado na final da Taça de Portugal, no Jamor. Onde estão agora as virgens ofendidas que rasgaram as vestes com o mau gosto dos Super Dragões? Onde está a comunicação social que se apressou a fazer alarido quando o visado era o Benfica? Onde está a direção do clube perante tamanha indignidade e falta de decência? Onde está a justiça desportiva e o Ministério Público? E depois ofendem-se quando se denuncia a subserviência.
De facto, o Presidente do Sporting Clube de Portugal está coberto de razão quando denuncia as virgens ofendidas para as quais já não há paciência e a desigualdade de tratamento e de critérios perante os factos.
Aquilo a que hoje se assistiu é mais um ato inqualificável que devia envergonhar e muito a instituição em causa. Mais ainda porque se repete ano após ano. É lamentável porque não se respeita a memória de Rui Mendes nem a dor da sua família, e pelo que significa para os mais de 3,5 milhões de adeptos do Sporting CP, perante a indiferença cúmplice de uma direcção e de um presidente que até já se referiram a estes factos no passado recente como "folclore".
E é tanto mais grave porque a Justiça Portuguesa qualificou o ato como homicídio, tendo havido condenação nos termos da lei. Este caso gravíssimo não deve ser esquecido.
Qualquer pessoa decente, intelectualmente honesta, sente, ao assistir a tarjas e cânticos desta natureza que ficam sem castigo, que este é um sistema que promove a desigualdade, onde não há princípios sólidos, critérios e tratamentos idênticos. Isto é, sanciona-se em função do agente, da sua cor, e não em razão do facto, do comportamento ou da conduta.
Por nós, que temos valores, ética e princípios, nada ficará por denunciar. Porque enquanto a razão estiver do nosso lado, jamais nos calarão!»
Em frente, Nuno. Em frente, Sporting. Saudações Leoninas.
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