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segunda-feira, 1 de abril de 2013

A segunda vida


É verdade. O Sporting Clube Farense completa esta segunda-feira 103 anos de vida. Uma história (mais do que) centenária, é feita de altos e baixos. A hora é de renascimento e de esperança. Como uma esperança, que se diz ser verde e que “aqui” é… alvinegra. Mas só por mero acaso. Se nestas coisas clubísticas (quase) tudo começa na cor do equipamento, a questão das cores do “uniforme” do maior emblema desportivo de Faro tem uma origem curiosa, desde o “berço”. Uma vez que o Sporting Clube Farense tinha sido criado sob a influência do Sporting Clube de Portugal, também com um leão no símbolo, os fundadores do clube da capital algarvia quiseram adotar as mesmas tonalidades dos leões de Lisboa. Porém, como a capital do país era bem mais “longe”, em comparação com os tempos que correm, e o único contacto visual com a equipa da casa mãe deu-se através de uma fotografia. Com um pequeno/grande, e marcante, senão. Para todo o sempre. As fotografias da altura só “saiam” a preto e branco e, por isso, induzidos em erro, os equipamentos foram criados a… preto e branco.

João Gralho e os “entusiastas”

Nada que fizesse mudar a ideia, manifestada em 1909 ainda, pelo cidadão João Gralho e um grupo de amigos seus, entusiastas do futebol levado até Faro por marinheiros ancorados na Ria Formosa, em frente à “cidade velha”. Em 1910, o Sporting de Faro, a preto e branco, nascia, mas só em 1924 passou a ter casa própria, até aos dias de hoje: o Estádio de S.Luís. Para trás, ficaram dois recintos de jogo improvisados. Dois anos antes apenas, oficializou-se igualmente a ligação, enquanto filial, ao Sporting Clube de Portugal. Um atraso de dois anos que retirou a possibilidade de o Farense ser a filial número 1, sendo ultrapassado pelo Sporting de Tomar. É assim a atual número 2.
 
Os altos e baixos

O melhor período desportivo da história do clube começa em finais da década de 80, quando uma queda na 2ª divisão nacional acontece em simultâneo com a ida à final (e finalíssima, uma semana depois) da Taça de Portugal. Na altura, a cidade como que rumou em peso em direção ao Vale do Jamor para apoiar a equipa já então comandada por um catalão radicado a “sul”, Paco Fortes. Primeiro jogador, depois treinador. De Valdir ou Benge a Hajry ou Hassan, passando por Pereirinha, Fernando Cruz ou Pitico muitos nomes marcaram o futebol farense, algarvio e, inclusive, nacional nestes “anos dourados” de classificações de destaque na já extinta 1ª divisão. A década de 90 já ia a meio, quando nas páginas do clube se escreve outra história de enorme sucesso: o apuramento para a Taça UEFA, fruto de um inédito 5º lugar no campeonato de 1994/95. A aventura europeia, frente aos franceses do Lyon, durou uma só eliminatória e terá constituído o “embrião” para a queda vertiginosa até ao… “inferno”.

Dívidas e dúvidas

Mas se “alma” farense estava cheia, também tinha (como diz a canção de Carlos Tê imortalizada por Rui Veloso) “uma face negra”. E os orçamentos megalómanos, entre outros “pecados”, ligados à necessidade de corresponder às altas expectativas, sucederam-se as dívidas e as dúvidas, de um clube assente, sobretudo, na modalidade futebol. A maior crise financeira de sempre teve consequências desportivas ainda mais nefastas. A partir de 2002, o Farense caiu de escalão três vezes consecutivas, parando apenas nos campeonatos distritais, com uma desclassificação pelo meio. O clube descia ao “inferno”!
 
Segunda vida
 
Em 2006 foi preciso começar de novo, lambendo as feridas e apelando à cor da esperança… alvinegra. O “velhinho” S.Luís resistiu à urgência de encaixar dinheiro para pagar dívidas, os adeptos regressaram, substituindo as dúvidas por certezas, e o Farense faz hoje o caminho ascendente. Atravessou quase todo o deserto e são cada vez mais os que têm a certeza que a 2ª divisão nacional, onde a equipa sénior compete atualmente (às “portas” da Liga de Honra), é somente um apeadeiro a caminho do destino final, o escalão maior do futebol luso. Qual “segunda vida” que (também) orgulhará João Gralho, a cidade de Faro e o Algarve, 103 anos depois!

Fonte:
http://rr.sapo.pt/bolabranca_detalhe.aspx?fid=42&did=102206

PS Parabéns ao Sporting Clube Farense ( filial nº 2 do SCP ) pelos seus 103 anos de vida. Que o leão ruja também a sul são os meus votos sinceros. Uma palavra final para o seu Presidente António Barão que tem feito tudo ao seu alcance para trazer de novo o centenário S. C. Farense à ribalta. Saudações Leoninas.

2 comentários:

  1. eheheh meu grande Farense ! tenho acompanhado por perto o crescimento ( sou de faro ) e posso dizer que tudo tem sido feito para que possamos voltar, neste momento o Estádio do S. Luis está em obras de melhoramente para que seja sempre a nossa casa, temos assistencias em casa na casa dos 2500 e no jogo com o mafra tivémos perto de 4000 pessoas. de destacar tambem que na 1º passagem pela 2º divisão, no jogo que nos garantiu a subida da 3º divisão para a 2º divisão estivémos 8000 pessoas no jogo com direito a invasão no fim do jogo. tem videos disso no youtube ou podem ver os melhoramentos e tudo mais na página de facebook do Farense e nos jogos de fora conseguimos sempre por volta de 200 a 300 pessoas, sendo a claque Southside das melhores em Portugal e que nao tem tido o merecido e devido destaque.

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    1. Da minha parte só posso estar feliz por vos dar desta simples forma o destaque que merecem. Força e felicidades para a subida à Honra. Abraço,

      Sl

      aleixo

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